SÃO LUÍS (http://imirante.globo.com/noticias/2011/10/07/pagina287381.shtml) - O Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão denunciou à
Justiça Federal 22 pessoas acusadas de fraude de recursos públicos,
entre elas o ex-prefeito de São Luís Gonzaga, Luiz Gonzaga Fortes Filho,
o contabilista e empresário Waldely Leite de Moraes e o seu filho
Luciano Rabelo de Moraes, sócios das empresas Escritório de Planejamento
Municipal Ltda. (Eplam) e Escritório de Consultoria e Planejamento
Municipal Ltda. (Ecoplam). Todos os envolvidos foram presos pela Polícia
Federal (PF), na Operação Rapina I, em dezembro de 2007.
Os
22 denunciados pelo Procurador da República Marcílio Medeiros têm
envolvimento com uma série de desvios de recursos públicos na Prefeitura
de São Luís Gonzaga, pois o inquérito que envolve essas pessoas foi
desmembrado. O MPF ofereceu o benefício da delação premiada, com a
redução da pena do delator.
Segundo a denúncia do MPF, na
prestação de contas e fiscalizações realizadas pela Controladoria Geral
da União (CGU) no município, foram identificadas documentação fiscal
irregular, montagem de procedimentos licitatórios, utilização de
empresas de fachada, "tudo com o objetivo de ''maquiar'' o desvio de
recursos públicos federais repassados por meio de convênios, fundos ou
programas nacionais".
A CGU individualizou as evidências
correspondentes ao período de 2005 a 2007, ressaltando que não lhes fora
apresentado, pela Prefeitura, nenhum documento relativo aos exercícios
de 2005 e 2006, sob a justificativa de que um incêndio no prédio-sede,
ocorrido em 11 de dezembro de 2006, teria inutilizado todos os seus
arquivos, inclusive os correspondentes aos dois exercícios indicados.
Os
auditores da CGU concluíram como curioso o fato de, em relação ao
exercício financeiro de 2005, bem antes do incêndio, não ter havido
apresentação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) na íntegra da
documentação que comprovaria as despesas executadas, o que levou à
desaprovação das contas pelo órgão.
Segundo a denúncia do
MPF, foram desviados recursos de 19 programas dos ministérios da
Educação, Saúde e Habitação. De acordo com as investigações, foram
malversados cerca de R$ 7 milhões dos convênios de programas federais.
Para o MPF, o ex-prefeito, ao se apropriar e desviar recursos públicos
federais repassados, cometeu 19 delitos, entre os quais dispensa de
licitação, apropriação e desvio de recursos públicos.
Além
de São Luís Gonzaga, as empresas prestavam assessoria contábil para os
municípios maranhenses de Governador Newton Bello, Nina Rodrigues, Paulo
Ramos, Tufilândia e Urbano Santos.
Empresas contábeis davam suporte à fraude das verbas
Procedimentos licitatórios eram forjados por meio de documentos “montados” pelos contadores da Ecoplam e Eplam
Desde
janeiro de 2006, a Polícia Federal (PF) investigava empresas contábeis e
Prefeituras maranhenses que fraudavam licitações, utilizavam notas
fiscais falsas e empresas de fachada para obter vantagem nos processos
licitatórios financiados pela União por meio de convênios, fundos e
programas nacionais.
A Operação Rapina foi iniciada pela PF
por meio de inquérito instaurado pelo MPF. Vários relatórios de
auditoria encaminhados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontavam
indícios do esquema, uma vez que, em alguns municípios maranhenses
auditados, existiam irregularidades muito similares, praticadas por
assessoria contábil prestada sempre pelas mesmas empresas: o Escritório
de Planejamento Municipal Ltda. (Eplam) e Escritório de Consultoria e
Planejamento Municipal Ltda. (Ecoplam), de propriedade de Waldely Leite
de Moraes e o seu filho Luciano Rabelo de Moraes.
Segundo a
denúncia do Procurador da República Marcílio Medeiros, "após a
liberação dos recursos públicos ao Município assessorado, a rotina era
de que o dinheiro fosse sacado pelos gestores municipais ou seus
subordinados diretamente "na boca do caixa". Às empresas Eplam/Ecoplam,
cabia assegurar a aparência de legalidade à utilização das verbas
desviadas.
As investigações apuraram que eram enviados pelo
prefeito os extratos bancários de gastos indevidamente realizados e,
por meio do escritório da Eplam e Ecoplam, onde eram ''montados'' os
documentos necessários, tais como decretos, portarias, editais,
propostas, enfim, todo o procedimento licitatório, bem como recibos,
notas fiscais e outros documentos, tudo como forma de justificar o gasto
dos recursos repassados.
“O ponto fundamental da fraude
era justificar o gasto irregular de dinheiro público e, em seguida,
utilizar empresas de fachada como participantes das licitações montadas
ou em nome das quais eram confeccionados recibos e notas fiscais",frisou
o procurador.
Os 22 denunciados pelo MPFLuiz Gonzaga Muniz Fortes Filho - ex-prefeito de São Luís Gonzaga
Waldely Leite de Moraes - administrador
Luciano Rabelo de Moraes - contador
José de Ribamar Romão Borges - contador
Josias Luis Monção - técnico em contabilidade
Priscila Maria Godinho Lobato - contadora
Nilton de Souza Jerônimo - servidor público
José de Ribamar Romão Borges - contador
Pedro Luiz de Jesus Borges Júnior - servidor público
Josias Luis Monção - técnico em contabilidade
Francisco dos Santos Conceição - servidor público
Eliene Pereira Lisboa - servidora pública
Flávio da Silva Santos - servidor público
Antônio Costa - empresário
Érika Camilla de Oliveira Raposo - empresária
Silvia da Assunção Cruz - empresária
Celso Rodrigues da Silva - autônomo
Laurindo Sebastião Lima Silva
Valmir Neves Filho -
Francisco Paulo Ferreira Veras - empresário
Jackson Lindoso da Silva - empresário
cadeia nesles
ResponderExcluircadeia neles
ResponderExcluirNão se esqueça que todos eles tem direito a defesa.
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