Um dia a
raposa foi visitar a cegonha e convidou-a para jantar.
Na noite
seguinte, a cegonha chegou a casa da raposa.
- Que bem
que cheira! – disse a cegonha ao ver a raposa a fazer o jantar.
- Vem,
anda comer. – disse a raposa, olhando o comprido bico da cegonha e rindo-se
para si mesma.
A raposa,
que tinha feito uma saborosa sopa, serviu-a em dois pratos rasos e começou a
lamber a sua. Mas a cegonha não conseguiu comer: o bico era demasiado comprido
e estreito e o prato demasiado plano. Era, porém, demasiado educada para se
queixar e voltou para casa cheiinha de fome.
Claro que
a raposa achou montes de piada à situação!
A cegonha
pensou, voltou a pensar e achou que a raposa merecia uma lição. E convidou-a
também para jantar. Fez uma apetitosa e bem cheirosa sopa, tal como a raposa
tinha feito. Porém, desta vez serviu-a em jarros muito altos e estreitos,
totalmente apropriados para enfiar o seu bico.
- Anda,
vem comer amiga Raposa, a sopa está simplesmente deliciosa. - espicaçou a
cegonha, fazendo o ar mais cândido deste mundo.
E foi a
vez de a raposa não conseguir comer nada: os jarros eram demasiado altos e
muito estreitos.
- Muito
obrigado, amiga Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - respondeu a raposa com
um ar muito pesaroso. E voltou para casa de mau humor, porque a cegonha lhe
tinha retribuído a partida.
MORAL – Nunca
faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.
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